A castanheira pertence à
família Fagaceae. O gênero Castanea apresenta sete espécies das
quais destacam-se Castanea sativa Miller,
Castanea crenata Siebold
& Zucc., Castanea molissima Blume e Castanea dentata (Marsh.)
Borkh. Tais espécies receberam
denominações de acordo com o local de origem e são conhecidas, respectivamente,
por castanha portuguesa (Portugal), castanha japonesa (Japão e Coréia do
Sul), castanha chinesa (China) e castanha americana (América do Norte).
O fruto da castanheira é uma cápsula deiscente , sendo formada,
em média, por três sementes comestíveis, as castanhas, de cor creme,
que podem ser monoembriônicas (somente um embrião) ou poliembriônicas (dois ou
mais embriões). Essas são revestidas por uma membrana adstringente de cor
castanha, que varia da espessura de papel a um tecido lenhoso relativamente
grosso. Algumas espécies e cultivares apresentam essa membrana
fortemente aderida às frutas, o que dificulta a sua retirada.
As castanhas são envolvidas por uma casca coberta por espinhos, medindo
de 2,5 a
7,5 cm
de diâmetro, de cor variando do amarelo-ouro ao preto, conforme a espécie ou cultivar,
daí o nome de “ouriço” dado ao fruto. Quando o fruto amadurece, na
maioria das cultivares o ouriço cai e se abre no chão, expondo as castanhas , mas em algumas cultivares, essas não se soltam sozinhas,
demandando certo cuidado na sua manipulação. Em alguns casos as castanhas se
soltam dos ouriços que se mantêm presos no galho.
Castanea crenata
A castanha japonesa é nativa do Japão e Coréia do Sul, onde cresce em uma árvore densa e atinge uma altura de cerca de 15 m. A planta é muito resistente a doenças mais conhecidas. Essa espécie é mais adaptada as
condições mais úmidas, invernos menos frios e verões quentes, produz castanhas
grandes, por volta de 40 g, mas o
sabor é considerado inferior a outras
espécies. Entretanto, observações de produtores e de dados
de pesquisa demonstram que, sob algumas condições, ocorre melhoria no sabor das
castanhas.
Castanea dentata
A castanha americana é nativa das
florestas da Appalachian, na
parte oriental dos Estados Unidos. As
árvores possuem tronco tipo colunar, atingindo alturas
de até 40 m, com diâmetros de
90 a 150 cm. As castanhas
são pequenas, por volta de 5 g, cerca de 77 castanhas/kg, mas de excelente sabor e
apresenta facilidade na remoção da película e são cobertas com cerdas grossas e claras. Há
relatos sobre a superioridade e versalidade de sua madeira em relação a outras
espécies. A castanheira americana foi praticamente eliminada no início de 1.900
pelo cancro do castanheiro, causada por um fungo originalmente chamado Endothia parasitica mas renomeado Cryphonectria,
doença provavelmente vinda da Ásia e que varreu as florestas, causando
um dos piores desastres ecológicos
do país.
Castanea mollissima
A castanha chinesa é a menor árvore de todas
as espécies, crescendo a cerca de
12 m de altura. É nativa do norte
e oeste da China. Pode estar sendo cultivada há
6.000 anos.
As castanhas são geralmente de tamanho médio e de boa qualidade. As plantas são as mais resistentes ao cancro do castanheiro. As castanhas são médias a grandes, com cerca de 66 castanhas/kg. Existem algumas cultivares excepcionalmente grandes, com 40 g, mas não é comum. O rendimento médio é de 6,7 t/ha, com até 12,3 t/ha em cultivos adensados (3 m por 1,8 m).
As castanhas são geralmente de tamanho médio e de boa qualidade. As plantas são as mais resistentes ao cancro do castanheiro. As castanhas são médias a grandes, com cerca de 66 castanhas/kg. Existem algumas cultivares excepcionalmente grandes, com 40 g, mas não é comum. O rendimento médio é de 6,7 t/ha, com até 12,3 t/ha em cultivos adensados (3 m por 1,8 m).
Castanea sativa
A castanha europeia é nativa das montanhas
temperadas do oeste da Ásia,
Europa e norte da África. Como as americanas, são frágeis em relação a doenças. As árvores
são de grande porte, tendo árvores com até 20 m
de altura. As castanhas são muito maiores do que as espécies norte-americanas e
a película é removida facilmente. A qualidade é bastante
variável, dependendo da cultivar. No
mediterrâneo é cultivada a 3.000 anos.
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