sábado, 17 de novembro de 2012

Poda drástica de verão: manejo adequado para viabilizar a exploração da amoreira preta em regiões quentes

O cultivo de amora-preta (Rubus idaeus L.) no Brasil se iniciou com o lançamento das primeiras cultivares brasileiras (Tupy, Guarani e Caingangue) pelo programa de melhoramento genético da Embrapa Clima Temperado. Recentemente, foi lançada a Xavante, cultivar que apresenta, como principal característica, a ausência de espinhos em suas hastes, o que facilita a condução das plantas e, principalmente, as podas. No entanto, a produção desta cultivar é baixa em regiões subtropicais. A opção mais viável de cultivo seria a 'Tupy' e 'Gaingang', que apresentam bom equilíbrio entre sólidos solúveis e acidez, própria para o consumo como fruta fresca e até mesmo para o processamento. O entrave dessas cultivares seria a presença de espinhos, o que onera os tratos culturais, principalmente as podas. É necessário o desenvolvimento de técnicas de produção menos onerosas e que facilitem o manejo das plantas.

Na condução da amoreira-preta, são realizadas duas podas: uma no verão, logo após o término das colheitas, em que são removidas as hastes que produziram rente ao solo e preservadas quatro hastes primárias; e a outra no inverno, em que são reduzidas as hastes primárias e secundárias. Uma alternativa seria a realização de manejos diferenciados quanto à poda em regiões subtropicais, em que podem ser realizadas podas drásticas, tanto no inverno quanto no verão, para eliminar todas as hastes rentes ao solo, sem prejuízos para a produção. Isso porque as gemas necessitam de apenas cinco meses, a contar da emissão das hastes do solo, para se diferenciar e estarem prontas para a brotação e a emissão de flores.

Assim, foi realizado um trabalho com o objetivo deste trabalho foi avaliar podas diferenciadas como alternativa para a produção da amora-preta 'Tupy', em regiões subtropicais do Brasil. Foram realizadas as podas convencionais e ainda podas drásticas de inverno (julho) e podas drásticas de verão (jan., logo após o término da colheita). Na operação das podas drásticas, eliminaram-se todas as hastes, rente ao solo.

Conclusões

1. A poda drástica de verão facilita a condução das amoreiras-pretas e é uma alternativa de manejo em regiões subtropicais.

2. A poda drástica de inverno proporciona elevada queda na produção das plantas.

3. Não há diferença na qualidade dos frutos colhidos de plantas submetidas aos sistemas de poda avaliados.

Maiores detalhes no endereço: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-204X2012000700009&lng=pt&nrm=iso&tlng=en

http://dx.doi.org/10.1590/S0100-204X2012000700009



Plantas antes da poda drástica de verão.
Plantas após a poda drástica de verão: eliminação completa das hastes.

Início da brotação das hastes, que ocorre 6 dias após a poda.
 
Plantas com as hates formadas 120 dias após a realização da poda drástica de verão.


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