Não é porque terminou-se a colheita que devemos esquecer de nosso pomar e voltar as atividades somente nos momentos que antecedem a poda invernal.
As frutíferas de clima temperado e as subtropicais caducifólias (como o caquizeiro), possuem o mecanismo de dormência. Necessitam acumular reservas (fotoassimilados), oriundos da fotossíntese, que são mobilizados para o sistema radicular através de estímulos externos (queda da temperatura e diminuição do comprimento do dia - dias curtos), as reservas que se encontram na forma de açúcar simples é transformado em amido (polissacarídeo), devido ao fato desse possuir menor ponto de congelamento e ser osmoticamente inativo (não é translocado pelo solo através de osmose). As folhas caem e inicia-se a dormência, que é superada após as temperaturas se elevarem e o comprimento do dia começar a aumentar. Após a superação da dormência, ocorre brotação e a floração. A abundãncia da vegetação e floração estão associados aos níveis de reservas, quanto mais fotoassimilados as frutíferas produziram, maior o sucesso na produção de flores e, consequentemente, frutos.
Como o fruto é o dreno mais forte da planta, após a colheita passa-se ser as raizes. As folhas são as fontes, ou seja, as produtoras dos fotoassimilados. Por isso, quanto mais tempo as folhas permanecerem na planta após a colheita dos frutos, maior será a produção dos fotoassimilados.
Assim, devem ser redobrados os cuidados com doenças de final de ciclo, devendo realizar pulverizações racionais e adubações, pois as plantas estão desgastadas devido a produção de frutos e os nutrientes devem ser repostos.
Cuidado com a incidência de oídio e mildio nas videiras, macha-de-glomerella nas macieiras, ferrugem nas figueiras, antracnose nas amoreiras-preta, cercosporiose nos caquizeiros e entomosoriose nos marmeleiros e pereiras.
Não esqueçam de realizar o tratamento de inverno!
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