sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Variação na qualidade do azeite em cultivares de oliveira produzidos na serra da Mantiqueira em MG

O Brasil é considerado um dos maiores exportadores mundiais de azeitonas e azeites. Apesar da população brasileira consumir grandes quantidades dos sub-produtos da oliveira, até então não era possível o brasileiro poder saborear azeitonas em conserva e azeites produzidos no território nacional. Isso por que não havia pesquisas envolvendo a seleção de cultivares e a aprimoração de técnicas a fim de se explorar comercialmente a oliveira. Trabalhos realizados pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) e a Universidade Federal de Lavras (UFLA), em anos de pesquisa, puderam viabilizar a produção de azeitonas para mesa e para conservar nas terras altas da Mantiqueira, local que possui condições climáticas para a exploração dessa frutífera.
Alguns trabalhos já foram publicados na literatura nacional e internacional sobre técnicas de propagação e mais recentemente de produção. E agora está disponível na literatura um novo trabalho, onde se quantificou a variação na qualidade do azeite em cultivares de oliveira produzidos na serra da Mantiqueira em MG.
Objetivou-se com este trabalho determinar a composição centesimal dos frutos, as características químicas e o perfil de ácidos graxos dos azeites extraídos de diferentes cultivares de oliveira, com a finalidade de selecionar os materiais com potencial agroindustrial. Foram avaliadas 32 cultivares de oliveira com seis anos de idades quanto à composição centesimal (teores de umidade, lipídeos, proteínas e cinzas, tanto na polpa quanto no caroço dos frutos); composição química e perfil de ácidos graxos dos azeites. Observaram-se nas cultivares MGS ASC315, Cerignola, MGS GRAP561 e MGS GRAP575 maiores valores de lipídeos. Além disso, as análises indicaram que o caroço possui quantidades significativas de lipídeos, embora sempre inferiores às quantidades presentes na polpa. Os índices de acidez em ácido oleico, peróxidos e refração absoluta estão de acordo com a resolução da ANVISA, podendo ser inicialmente classificados como azeite de oliva extravirgem ou virgem. De modo geral, todos os ácidos graxos presentes nos azeites possuem valores satisfatórios, destacando a cultivar MGS GRAP084, com maior concentração de ácido oleico, principal ácido responsável pelos benefícios à saúde.
O trabalho pode ser acessado nos links abaixo:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0006-870520120002&lng=pt&nrm=iso

http://dx.doi.org/10.1590/S0006-87052012000200008

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